terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Fonoaudiologia nas Sequelas de Queimadura

O fonoaudiólogo acompanha os pacientes desde a unidade de cuidados especiais, após a estabilização do quadro clínico e do estado de choque do paciente, principalmente quando existe a possibilidade de queimadura inalatória atingindo vias aéreas superiores.

Após a alta hospitalar esses pacientes continuam com atendimento da equipe de realbilitação do ambulatório de especialidades, dando continuidade ao atendimento iniciado no leito, com sessões fonoaudiológicas semanais de aproximadamente 30 minutos.

Cabe ao Fonoaudiólogo desenvolver conhecimento, por meio de pesquisa e prática num trabalho voltado para a reabilitação de seqüelas da região de cabeça e de pescoço que apresentam desequilíbrio das funções do sistema estomatogmático e alterações das estruturas do sistema motor bucal.

Autores: Hernandez e Marchesan, Atuação Fonoaudiológica no ambiente Hospitalar, Cap 7.


Avaliação Fonoaudiológica em Queimados

Na avaliação fonoaudiológica do paciente queimado de face e pescoço é fundamental observar o funcionamento do sistema estomatognático, partindo da respiração.

O queimado mantém um estado de retração corpórea que pode dificultar sua respiração.

No primeiro momento verica-se o desconforto e esforço respiratório que a queimadura pode estar causando.

Também observa-se as funções de sucção, mastigação e deglutição, pois raramente este paciente encontra-se sondado. Quanto à fonação, observa-se com maior cuidado os casos de queimadura inalatória.

Avalia-se também as estruturas anatomofuncionais so sistema motor bucal, com especial atençao á abertura bucal e ao auxílio da musculatura nas expressões faciais.

Devemos nos preocupar com o tipo de cicatriz existente ou em formação, relacionando sua localização com origem e inserção dos feixes musculares da face.

De uma forma geral, pacientes queimados (de pescoço e face) podem apresentar:

• ineficiência de funções do sistema estomatogmático;
• insufi ciência de movimento das estruturas do sistema motor bucal;
• retração tecidual, causando uma limitação das expressões faciais.

Fonte: Hernandez e Marchesan, Atuação Fonoaudiológica no ambiente Hospitalar, Cap 7.


Terapia Fonoaudiológica em Queimados

Para realizar as fonoterapias é necessário um conhecimento da fisiopatologia da queimadura e das características dos processos de cicatrização, respeitar o tempo pós-cirúrgico, estar atento ao limiar de dor do paciente e não atuar em áreas cruentes.

O trabalho fonoaudiológico inicia-se pelos músculos, para que isso colabore nas seqüelas das queimaduras. A terapia fonoaudiológica mostra ao paciente, ainda no leito, que ele pode movimentar sua língua na cavidade interna bucal (vestíbulos), pois, apesar da dificuldade de movimentos faciais externos devida à retração tecidual, a língua continua hábil e deve proceder movimentos internos para facilitar as funções estomatognáticas.

O paciente, assim, percebe que pode proporcionar uma retomada de pequenos, mas importantes, movimentos.

Na atuação clínica, desenvolvem-se manobras específicas para o trabalho fonoaudiológico com pacientes queimados de face e pescoço, que promovem o equilíbrio das funções do sistema estomatognático e da mobilidade das estruturas do sistema motor bucal, além de colaborar com o processo de cicatrização (Toledo, 2001).

Fonte: Hernandez e Marchesan, Atuação Fonoaudiológica no ambiente Hospitalar, Cap 7.

Fonte:http://fonohospitalarfja.blogspot.com.br/
Imagem:Net

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