quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

ATUAÇÃO DA FONOAUDIOLOGIA X FISSURADOS

O trabalho fonoaudiológico voltado para as deformidades craniofaciais envolve várias etapas, desde o recém-nato até a idade adulta, atuando em: musculatura oro-facial; desenvolvimento linguístico;

-linguagem oral - padrão articulatório;

- linguagem escrita – dificuldades de aprendizagem / questões escolares;qualidade vocal;

-Funções: respiração, sucção, mastigação e deglutição (salienta-se aqui a conduta na alimentação do bebê, no que diz respeito ao ‘modo alimentar’.

- A partir da avaliação do padrão de sucção e das condições clínicas do bebê, verificamos a forma de conduzir a alimentação do bebê por via oral ou, se necessário, outras orientações para o caso); orientações pré e pós cirúrgicas.

Especificamente, em relação às fissuras labiopalatinas, abordamos:

-Esclarecimentos e informações a gestantes e familiares acerca de alimentação e maneira de lidar com o bebê, o qual apresenta fissura oral verificada no exame de ultrassonografia; orientações acerca de alimentação, sensibilidade e hábitos.

-Cabe comentar que priorizamos o aleitamento materno, mas, no caso de haver impossibilidade por questões anátomo-funcionais, indicamos a maneira mais adequada de alimentar a criança (conforme a avaliação da sucção), enfatizando nossos objetivos, nessa fase, quanto às estruturas oro-faciais; estimulação dos órgãos fonoarticulatórios;

- linguagem oral - acompanhamento da aquisição e do desenvolvimento dos sons da fala;

- linguagem escrita e questões sobre escolaridade;
qualidade vocal;

-Avaliação - com o objetivo de definição do diagnóstico e da conduta para cada caso. Nas fissuras labiopalatinas, durante avaliação das estruturas orofaciais, ocorre uma atenção especial para o palato mole (aspecto, mobilidade e extensão), devido ao esfíncter velofaríngeo.

-Tal estrutura pode estar alterada anatômica e, ou, funcionalmente, o que resulta na sua inadequada função e acarreta distúrbios de fala e voz típicos do paciente portador de fissura.

- Cabe à Fonoaudiologia, como ciência da linguagem, desvendar as queixas e encaminhar o tratamento adequado referente aos aspectos articulatórios e vocais. Para tanto, utilizamos recursos clínicos e exames específicos;

- Diagnóstico: realizamos exame nasofaringolaringoscópico (no qual participam também o otorrinolaringologista, o protesista e o psicólogo). Nesse exame, avaliamos se a conduta mais efetiva para o caso é terapêutica, protética ou cirúrgica (palatoplastia secundária).

- Caso a conduta seja terapêutica, o paciente é encaminhado. Se for protética, participamos do processo de execução da prótese de fala. Caso seja cirúrgica, discutimos com o Setor de Cirurgia Plástica a técnica mais recomendada para cada caso particularmente.

- Prótese de fala: juntamente com o setor de Prótese, confeccionamos Prótese de Fala Obturadora, Elevadora e, ou, a associação das duas;

Fonoterapia: oferece aos pacientes a reabilitação dos aspectos relacionados à comunicação humana. O principal objetivo do trabalho fonoterapêutico é adequar o padrão de fala dos pacientes, que apresentam diversos comprometimentos decorrentes da fissura, em especial, palatina.

- Realiza-se também o “Grupo de Estimulação de Linguagem”, que tem por objetivo dar suporte e orientações aos pais quanto ao desenvolvimento global da criança, bem como quanto aos aspectos pertinentes à aquisição e ao desenvolvimento da linguagem.
- Nesse Grupo, os encontros são mensais e as estratégias propostas tanto pela psicóloga quanto pela fonoaudióloga, são realizadas com as crianças junto com os pais, com o objetivo de serem realizadas adequadamente em casa.
-Fazem parte desse grupo crianças entre 1 e 3 anos, que já passaram pela palatoplastia primária (primeira cirurgia de palato)

O setor de Fonoaudiologia acompanha todo o tratamento do paciente, considerando a conduta de todas as especialidades envolvidas. Nesse sentido, quando o paciente não necessita de uma atuação contínua do nosso setor, realizamos reavaliações periódicas, ou seja, acompanhamos seu tratamento junto à equipe periodicamente, a fim de identificar se o caso necessita ou não de alguma intervenção de nossa parte.

Os objetivos do tratamento fonoaudiológico no CAIF/AFISSUR são: adequar a comunicação oral, da qual depende a socialização do indivíduo, já que é na e pela linguagem que o homem se constitui como sujeito; proporcionar um eficiente desenvolvimento do sistema estomatognático; possibilitar uma satisfatória integração bio-psico-social do indivíduo portador de anomalia craniofacial, entre as quais estão incluídas as fissuras lábio-palatinas.

AUDIOLOGIA

O CAIF/ AFISSUR dispõe de equipamentos modernos para realizar a avaliação audiológica em crianças, adultos e idosos, por meio da realização dos seguintes exames: audiometria tonal limiar, logoaudiometria, audiometria comportamental, audiometria em campo livre, imitanciometria, emissões otoacústicas e PEATE.

O primeiro contato com o paciente portador de anomalias craniofaciais (entre elas, as fissuras labiopalatinas) é realizado através da triagem auditiva com o equipamento de emissões otoacústicas e com o audiômetro pediátrico. Ressalta-se que os procedimentos são realizados com base nas recomendações do Comitê Brasileiro sobre Perdas Auditivas na Infância.

Fonte:http://www.caif.saude.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=24

Imagem: Net

Nenhum comentário:

Postar um comentário