FOBIA ESCOLAR :
A fobia se caracteriza por um temor injustificado de um objeto ou situação, cujo contato é fonte de intensa reação de angústia.
Em verdade o objeto ou situação fobígenos não são fontes de perigo real e sim imaginário, a exemplo do medo do escuro, de animais, de pessoas estranhas, de tempestades ou da escola.
A criança que apresenta quadros fóbicos em idade pré-escolar e escolar está denunciando sua dificuldade em ficar longe dos pais.
É como se não tivesse garantia dentro dela sobre o amor dos pais.
Aliado a isto, na maioria dos casos ela não quer abrir mão da presença dos pais, forçando a que todos fiquem em casa com ela (lugar seguro).
O exemplo mais comum é quando há irmãos menores ou quando nasce um irmãozinho.
A dificuldade em abrir mão do que se passa em sua casa para enfrentar uma vida na escola é bastante dolorida para a criança.
TDAH - Transtorno de Déficit de Atenção.
Esta expressão foi utilizada no meio científico até 1980, quando a Associação Psiquiátrica Americana propôs uma nova denominação: Síndrome do Déficit de Atenção.
Esta denominação passou a englobar tanto a hiperatividade como as demais funções que originam da falta de maturação do sistema nervoso central tais como:
-incoordenação motora, falta de equilíbrio,
- distúrbios de fala,
- alteração de sensibilidade,
-distúrbios de comportamento e dificuldades escolares.
Criar um filho com TDAH pode ser incrivelmente desafiador para qualquer adulto.
Pais e professores envolvidos na educação dessa criança ou adolescente devem redobrar seu empenho:
terão que supervisionar, monitorar ensinar, organizar, planejar, estruturar, recompensar, guiar, colocando sempre os limites de forma clara.
CAUSAS:
“As chances de uma criança sofrer de hiperatividade e Déficit de Atenção aumenta se a mãe fumar na gravidez.
Médicos da Universidade de Harvard notaram que 22% dos pacientes estudados eram filhos de fumantes” (VEJA, 1996, p. 18)
Complicações perinatais, ingestão de álcool e utilização de drogas durante a gravidez,
infecção do Sistema Nervoso Central na primeira infância,
efeitos colaterais de certas medicações, predispõem a Déficits de Atenção.
Causas ambientais, tais como, desvantagem social, famílias numerosas e superlotação também já foram apontadas.
Para caracterizar um hiperativo é importante se levar em conta o tempo que a criança começou a apresentar os sintomas.
Segundo o DSM IV (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) os sintomas deverão ser ininterruptos e com duração mínima de seis meses sem limitar-se a apenas uma situação.
A criança não precisa, necessariamente, apresentar todas as características descritas, mas parte delas.
Porém é importante que seja observado com muito cuidado porque existem crianças que apresentam algumas destas características, mas não são hiperativas,
são crianças agitadas devido a alguma situação pela qual esteja passando ou mesmo como se chama “mal educadas”.
CARACTERÍSTICAS:
Uma criança ou um adulto hiperativo pode estar em qualquer lugar;
batendo os pés, sentando e levantando a todo o momento,
cantando sem parar, assobiando em horas impróprias,
distraindo-se com facilidade,
impacientes em filas, não se mantêm sentado durante as refeições,
não se concentra em um canal de televisão mudando sempre,
faz movimentos desnecessários com o corpo, possui gestos bruscos, tem sono agitado, perde-se no tempo.
BAIXA AUTO-ESTIMA E COMPORTAMENTO DE RISCO
O hiperativo normalmente é rejeitado pela sociedade.
Seu comportamento inadequado prejudica a concentração dos colegas que passa a excluí-lo.
Esta exclusão pode levar o indivíduo a desenvolver problemas psicológicos podendo tornar-se introvertido ou agressivo, exibicionista e com baixa auto-estima acentuadas.
O ADULTO COM TDAH ;
O adulto hiperativo apresenta problemas no trabalho e no relacionamento, bem como problemas emocionais.
- É desorganizado;
- Perde coisas;
- Chega quase sempre atrasado;
- Diz o que vêm à mente sem preocupação se o lugar é apropriado;
- Explode com facilidade;
- Sente-se inseguro;
- É inquieto estando sempre mexendo pernas, dedos, joelhos;
- É impaciente, em filas de banco está sempre reclamando ou acaba desistindo;
- Não fica sentado muito tempo saindo de onde estiver com freqüência;
- Baixa auto-estima;
- Tem muitos projetos ao mesmo tempo e acaba não terminando nenhum;
- Atrapalha-se com horários por causa da desorganização;
- Sente-se inferior aos outros;
- Possui dificuldade de concentração;
- Esquece-se o que estava falando;
- Sente-se inferior aos outros;
-Tem sempre a sensação que não vai conseguir alcançar seus objetivos.
DIAGNÓSTICO:
Um diagnóstico e tratamento corretos poderão ajudar a criança a diminuir as repetências, elevar sua concentração por um período maior de tempo, evitar depressão, superar problemas de relacionamento, ajudá-lo na orientação vocacional, evitar envolvimento com drogas.
Para um tratamento adequado é importante um trabalho multidisciplinar envolvendo pais, professores e terapeutas.
Deverá ser traçadas estratégias de como lidar com esta criança em casa, na escola e na clínica para que não haja distorções na maneira de lidar com ela.
Criar regras, modificar o ambiente tornando-o mais adequado e menos perigoso, flexibilização no currículo escolar, adequar o tempo dividindo as atividades em partes, por exemplo, são algumas das modificações a serem providenciadas.
CONCLUSÃO:
Não prestar atenção a detalhes, ter dificuldade de concentração, dificuldade de participar de tarefas que exijam esforço mental prolongado, ter facilidade em se distrair e perder objetos com freqüência são alguns dos sintomas que caracterizam o transtorno do déficit de atenção.
A hiperatividade pode ser notada quando a criança se movimenta exageradamente, corre, pula demais, mexe mãos e pernas, especialmente em momentos inapropriados.
Entre os sintomas, existem ainda os que caracterizam a impulsividade, como interromper conversas e dificuldade de esperar a sua vez.
As conseqüências do transtorno são cruéis: 90% apresentam desempenho escolar inferior ao das crianças da mesma faixa etária que não são portadoras do TDAH.
Elas se sentem frustradas porque, por mais que se esforcem não conseguem acompanhar o ritmo dos colegas.
Como eles têm atenção muito oscilante, não conseguem memorizar e absorver o aprendizado.
BIBLIOGRAFIA:
ABDA – Associação Brasileira do Déficit de Atenção – Como diagnosticar crianças e adolescentes - http://www.tdah.org.br/
ARAÚJO, Mônica; SILVA, Sheila Aparecida Pereira dos Santos - Comportamentos indicativos do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade em crianças: alerta para pais e professores - http://www.efdeportes.com/
GOLFETO, J. H.. A criança com déficit de atenção aspectos clínicos, terapêuticos e evolutivos. Campinas, 1993. Documentação não publicada elaborado na Unicamp (Universidade de Campinas).
GONÇALVES, Priscilla Siomara – O trabalho em ambiente escolar com alunos portadores do distúrbio de déficit de atenção com hiperatividade- http://geocities.com/
Indisciplinado ou hiperativo. In: NOVA escola. São Paulo. Fundação Victor Civita. 2000; n.º 132; pp 30-32.
OBS:ESSE TEXTO É RESUMO DE UMA APRESENTAÇÃO EM SLIDE:
TEMA:DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM: FOBIA ESCOLAR, TDAH - TRANSTORNO DE DÉFICITI DE ATENÇÃO/HIPERATIVIDADE.
DISCIPLINA:PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM
APRESENTADOS POR ACADÊMICOS DE FONOAUDIOLOGIA 4º PERIODO DA UNINOVAFAPI EM TERESINA - PIAUI.
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