A primeira é uma fase voluntária e consciente.
O bolo é posicionado sobre o dorso da língua, a boca se fecha, a ponta da língua se eleva posicionando-se atrás dos incisivos superiores.
Em seguida, a língua toca as partes anterior e posterior do palato duro, o palato mole se eleva e a base da língua oscila para baixo e para trás.
Ao mesmo tempo, os pilares posteriores da faringe param e o bolo é então empurrado para baixo e para trás, liberando o istmo da garganta.
Ao mesmo tempo, a parede posterior da faringe se levanta, até alcançar o véu palatino que se horizontalizou, protegendo as fossas nasais de uma possível penetração de alimento.
Durante a fase faríngea, a via aérea se fecha e a via digestiva se abre para a passagem do bolo alimentar, para isto, os pilares posteriores se aproximam, apertando a úvula que fica rígida.
A nasofaringe fica isolada, completando a oclusão velofaríngea.
É neste momento que ocorre a elevação do osso hióide, seguido pela faringe.
Nesta elevação, a laringe é fortemente puxada contra a base da língua, fechando-se.
Além disto, a glote se rebaixa para trás, acima do orifício laringeano.
O processo termina com o fechamento da glote pela ação das pregas vocais, completando o mecanismo de proteção.
O próximo ato após a elevação da laringe a faringe se encurta e fica mais larga, o que ajuda na abertura do esôfago para receber o bolo.
O esôfago, ao receber este alimento, é ajudado pela contração breve do diafragma, criando assim, uma aspiração torácica.
A movimentação do bolo a partir daí, é facilitada pelas sucessivas contrações dos músculos constritores da faringe.
O esfíncter esofágico superior, localizado na parte superior do esôfago, ao perceber o bolo relaxa sua musculatura (cricofaríngeog), entrando em contato com a parede posterior da faringe.
Após a passagem do alimento, a musculatura volta a se contrair.
Durante esta fase da deglutição, a respiração fica suspensa.
É uma fase consciente, porém reflexa e involuntária.
A última fase é a esofágica.
O bolo alimentar passa do esôfago para o estômago através de movimentos peristálticos, que são movimentos musculares involuntários comandados pelo sistema nervoso autônomo.
A onda peristáltica a nível de faringe, atua empurrando o alimento para frente, a fim de atingir o esôfago, terminando após seis ou sete segundos, na junção esôfago-estômago.
O esfíncter esofagiano relaxa-se, permitindo a descida dos alimentos para o estômago.
O esfíncter normalmente, permanece aberto até a passagem total do alimento.
Esta passagem dura de cinco a dez minutos. Trata-se de uma fase involuntária, inconsciente e reflexa.
Com o surgimento da disfagia, as estruturas anatômicas envolvidas na deglutição sofrem alterações, resultando em mudanças na fisiologia destas fases.
Abaixo Veja Algumas Destas Alterações Citadas Por Cavalcanti (1999):
Fase Oral
1) Problema: fechamento labial reduzido.
Efeito: alimento ou líquido pode escorrer pela boca.
2) Problema: movimento lateral e e vertical da língua reduzido.
Efeito: habilidade reduzida em manipular o alimento durante a mastigação, formar e manter o bolo e colocar o alimento posterior.
Resulta em comida espalhada na cavidade oral; partículas podem cair para dentro da faringe e serem aspirados.
3) Problema: tensão bucal reduzida.
Efeito: alimento pode cair no sulco lateral durante a mastigação e ser difícil de ser colhido.
4) Problema: sensibilidade intraoral reduzida.
Efeito: alimento que está alojado em áreas de sensibilidade diminuída pode não ser percebido; pode cair sobre a base da língua e ser aspirado antes do reflexo de deglutição
Fase Faríngea:
1) Problema: deglutição faríngea ausente ou atrasada.
Efeito: escape de alimento em valécula e-ou seios piriformes; pode ocorrer penetração ou aspiração na via aérea.
2) Problema: fechamento velofaríngeo inadequado.
Efeito: material pode penetrar na cavidade nasal.
3) Problema: fechamento laríngeo reduzido.
Efeito: aspiração durante a deglutição.
Fonte e imagem:http://
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