terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Proposta Terapêutica Miofuncional

É iniciada pelo trabalho proprioceptivo, com o objetivo de reconhecer as tensões compensatórias que utiliza durante as funções, conhecer e identificar os hábitos nocivos e das modificações funcionais que existem, sejam elas, alterações ou adaptações funcionais.

Após a identificação das situações, geralmente o paciente desencadeia uma modificação funcional imediata, definindo suas possibilidades funcionais e posturais.

Quando as condições morfológicas permitirem inicia-se o trabalho da mastigação propriamente dita.

O trabalho direto com a função é muito benéfico, pois a própria coordenação e o tônus são necessários à estabilidade das outras funções estomatognáticas.


O trabalho inicia-se com a percepção da mastigação.

É solicitado ao paciente que observe atentamente uma refeição

conte os ciclos mastigatórios,

sentir o lado que mastiga,

a movimentação da língua,

a utilização do bucinador,

a força empregada,

número de deglutições que faz enquanto mastiga, ou seja, tente captar tudo o que faz enquanto mastigação.

Os exercícios visando à adequação do tônus muscular ou a coordenação dos movimentos mandibulares devem ser realizados sempre que necessários.

Algumas condutas e cuidados:

• Não utilizar sobrecarga muscular nos exercícios;

• Evitar a abertura bucal excessiva durante os exercícios;

• Relaxar a musculatura em hiperatividade (geralmente a levantadora e a cervical);

• Os movimentos mandibulares devem ser treinados até a limitação do paciente e sem propiciar desvios ou ruído articulares;

• Objetos de borracha, látex ou silicone devem ser evitados ou utilizados com muita cautela.

Em relação ao uso de objetos artificiais, esses objetos promovem um aumento de massa e tônus muscular, mas não trabalham a mastigação em sua fisiologia normal, pois não ocorre trituração e pulverização;

os ciclos mastigatórios são sempre iguais, mesma amplitude e mesma força,

consequentemente a musculatura mastigatória é utilizada de maneira excessiva ou deletéria;

o aumento do tônus adquiridos por meio desses exercícios costuma perder-se com a falta de treino, como é uma “coisa” artificial, não entra na rotina do paciente.

Quando os exercícios são realizados com alimentos, torna-se natural, e como a função que mantém o tônus, o tônus que aumentou, continua.

Usar alimentos de consistência variada para trabalhar a função mastigatória, é o mais adequado, pois facilita o controle da função, garantindo o aprendizado e consequente modificação funcional.

Durante os treinos de mastigação a musculatura deve ser trabalhada intensamente, com treino de mastigação unilateral (mastigar uma porção de um lado e a porção seguinte do outro, alternando os lados) no início, para que o paciente perceba melhor a musculatura e os movimentos utilizados.

Assim que ele tem o controle básico da mastigação, o paciente pode passar a mastigar bilateralmente com alternância.

Não podemos esquecer que às vezes é necessário adequar o tônus da língua,

Relaxar a musculatura perioral,

Quando faz uso exagerado desta musculatura;

Se apresentar respiração oral,

Sendo que esta pode ser a causa de uma mastigação inadequada, deve-se corrigi-la, ou seja, não podemos pensar somente na mastigação, mas ver o paciente como um todo, adequando outras funções, se houver necessidade.

Fonte: http://www.portaleducacao.com.br/

Imagem:Net

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