Desde que nascemos, e até bem antes de nascer, somos expostos à linguagem, através de nossos pais ou responsáveis. É ouvindo os outros falarem que desenvolvemos a nossa fala. Mas o desenvolvimento da linguagem é um processo lento, e, depende da maturação cerebral da criança.
Por volta dos seis meses de vida, a criança começa a apresentar os balbúcios, que são os primeiros sons que conseguem produzir. Já com um ano, em média, aparecem as primeiras palavras com significado como “mamãe, papai”. Após esse período, o vocabulário começa a se expandir, até que com mais ou menos dois anos, a criança já pode produzir frases que contenham duas palavras, e que apresentam verbos. Até os cinco anos de idade, as crianças já devem apresentar todos os fonemas adquiridos, ou seja, o processo de aquisição da linguagem deve estar completo. Mas nem sempre isso acontece. Algumas passam por esse período de aquisição, e as trocas ou omissões de letras permanecem.
Alguns fatores podem contribuir para que a fala das crianças fique prejudicada. São eles:
- uso prolongado de chupeta e mamadeira, sucção de dedo ou outros objetos , pois podem prejudicar o posicionamento dos dentes, da língua e órgãos fonoarticulatórios.
- respiração oral, pode causar alteração dos órgãos fonoarticulatórios, como hipotonia de lábios, língua e bochechas, má posição da língua ao falar e ao deglutir, o que também prejudica a arcada dentária.
- má oclusão dos dentes (mordida aberta ou mordida cruzada), pode alterar o posicionamento da língua.
- alterações anatômicas da face.
- dificuldades auditivas.
- problemas emocionais/ psicológicos.
Quando se percebe que existe alguma (s) dessa (s) alterações, é imprescindível buscar ajuda de um profissional fonoaudiólogo, pois ele é capacitado para avaliar as condições da linguagem e motricidade oral, e intervir o quanto antes para que essas dificuldades não se estendam para a vida adulta.
Dicas aos pais:
Os pais devem estar atentos aos seus filhos e sempre que possível, estimular o processo de aquisição da linguagem das crianças de forma positiva, falando corretamente com elas e nunca as infantilizando (o que deve ser feito desde que são pequenas); tendo um tempo para brincar com elas e ouvi-las; ler histórias para incentivar o gosto pela leitura; cantar cantigas infantis estimulando o aprendizado de novas palavras e observar se a criança responde quando é chamada, pois às vezes perdas auditivas são percebidas tardiamente, o que dificulta o processo de aquisição normal da linguagem.
Texto:Fga.Roberta Andrighetto Nunes
Fonte:http://
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