terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Disfagia Infantil

A alimentação é vital em qualquer idade, quando ofertada e aceita corretamente propicía o bom desenvolvimento neuropsicomotor, adequado crescimento físico e aquisição de resistência imunológica.

No período neonatal a alimentação é uma atividade complexa que demanda eficiente coordenação entre sucção, deglutição e respiração.

Os recém-nascidos pré-termo (RNPT- idade gestacional abaixo de 37 semanas segundo a OMS- Organização Mundial de Saúde) comumente apresentam incoordenação entre estas atividades.

Desordens alimentares e disfagia são problemas comuns que aparecem em prematuros.

Os recém-nascidos à termo apresentam os reflexos de procura, sucção e deglutição dentro da normalidade e aprendem a associar a sucção/deglutição, durante a amamentação, com a satisfação dos desejos, a saciação e o prazer do contato com a mãe.

O RNPT frequentemente não utiliza os reflexos, acima citados, para facilitar na captação e ingestão do alimento e, ao invés de experiênciar sensações prazerosas associadas à alimentação, vivência situações aversivas como a intubação.

a aspiração pulmonar e o uso de via alternativa de alimentação, podendo ocasionar em recusa alimentar.

O estado nutricional de uma criança, ao nascer, varia de acordo com as condições de vida intra-uterina as quais esteve submetida.

O ínicio da alimentação deve ser o mais precoce possível, assim que as condições clínicas o permitam.

O leite materno é o mais indicado, mas na impossibilidade do uso deste, lança-se mão de fórmulas especiais para prematuros.

DIFERENÇAS ANATÔMICAS ENTRE BEBÊS E CRIANÇAS/ADULTOS

A cavidade oral é menor no bebê;

A mandíbula no bebê é menor e levemente retraída;

Os bebês possuem bochechas com almofadas de gordura, mas que desaparecem aos 4 ou 6 meses de vida;

A língua do bebê ocupa um espaço relativamente maior da cavidade oral, devido á retração da mandíbula e a presença das almofadas de gordura;

A língua, o palato mole, a faringe e a laringe estão elevadas na infância facilitando a respiração nasal durante a deglutição.

Recém- nascidos preferem respiração nasal;

A epiglote e o palato mole estão mais aproximados no RN atuando como mecanismo de proteção.

DISTÚRBIOS DA DEGLUTIÇÃO

Diferentes enfermidades que ocorrem na gravidez e no parto podem estar relacionadas com os quadros disfágicos nos bebês.

São consideradas por Perlman e Debrieu(1997) como antecedentes de risco para disfagia, os seguintes quadros:

Infecção congênita;

Uso de drogas pela mãe;

Anomalias craniofaciais; idade gestacional inferior a 37 semanas;

Peso ao nascer inferior a 1500g e/ou pequeno para a idade gestacional;

Asfixia peri-natal com apgar entre 0 a 4 no primeiro minuto e/ou 0 a 6 no quinto minutos;

Distúrbios metabólicos da gestante e do RN;

Ventilação mecânica por mais de 10 dias;

Meningite;

Infecções nasais e Pulmonares,

Doenças Pulmonares,

Anomalias do Sistema Respiratório;

Distúrbios neurológicos;

Refluxo gastroesofágico,

Distúrbios funcionais digestivos;

Anomalias do aparelho digestivo,

Intubação orotraqueal ou Gátrica prolongada;

Alimentação inadequada.

Autora: Iamara Jacintho de Azevedo Rios e Paula Caleffi, Disfagia Infantil, Livro de Fonoaudiologia, editora Pulso.

Fonte:http://fonohospitalarfja.blogspot.com.br/
Imagem:Net

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