domingo, 24 de fevereiro de 2013
Doença de Alzheimer
A doença de Alzheimer é a mais freqüente doença neurodegenerativa na espécie humana.
Trata-se de uma doença que acarreta alterações do funcionamento cerebral, tais como a memória, linguagem, planejamento, habilidades visuais-espaciais e muitas vezes também do comportamento, levando a apatia, agitação, agressividade, delírios, entre outros.
Estas alterações limitam progressivamente a pessoa nas suas atividades da vida diária, sejam profissionais, sociais, de lazer ou mesmo domésticas e de autocuidado.
O quadro clínico descrito caracteriza o que em Medicina é denominada “demência”.
Há ainda muita falta de informação sobre a doença.
A doença de Alzheimer não é:
uma conseqüência do envelhecimento;
Endurecimento das artérias e das veias do cérebro;
Falta de oxigênio no cérebro;
Causada por estresse,
por trauma psicológico ou por depressão;
Retardo mental; Preguiça mental.
A doença de Alzheimer manifesta-se através de uma demência progressiva, isto é, que aumenta em sua gravidade com o tempo.
Os sintomas iniciam lentamente e se intensificam ao longo dos meses e anos subseqüentes.
Muitos sintomas não ocorrem no início, mas surgem ao longo da evolução da doença.
Sintomas da doença de Alzheimer
Na grande maioria dos casos o primeiro sintoma é a perda de memória para fatos recentes.
É importante salientar que esta perda de memória deve ser de intensidade suficiente para interferir com o desempenho do indivíduo em suas atividades diárias. Ou seja, uma perda de memória leve e ocasional não deve ser valorizada da mesma forma.
Perda progressiva da memória, principalmente para eventos recentes;
Dificuldade de linguagem, tanto para compreender quanto para expressar-se (ex., dificuldade para encontrar palavras);
Dificuldade para realizar tarefas habituais;
Dificuldade de planejamento;
Desorientação no tempo e no espaço;
Dificuldade de raciocínio, juízo e crítica;
Em fases mais avançadas, dificuldade para lembrar-se de familiares e de amigos e para reconhecê-los;
Depressão;
Apatia;
Ansiedade;
Agitação, inquietação, às vezes, agressividade; muitas vezes com piora no final do dia;
Problemas de sono: troca o dia pela noite;
Delírios (pensamentos anormais, idéias de ciúme, perseguição, roubo, etc.);
Alucinações (alterações do pensamento e dos sentidos, como ver coisas que não existem);
Prevenção Contra a Doença de Alzheimer:
Há medidas gerais que ajudam a preservar a saúde mental e que diminuem o risco de a pessoa ter doença de Alzheimer.
Atividade mental regular e diversificada;
Atividade física regular;
Boa alimentação;
Bom sono;
Lazer;
Evitar maus hábitos: não fumar, beber com moderação;
Cuidados com a saúde física geral: tomar os medicamentos corretamente, ir ao médico regularmente.
Quando Devo Procurar o Médico, ou levar Meu Familiar?
Os 10 sinais de alerta para doença de Alzheimer são:
Problema de memória que chega a afetar as atividades e o trabalho;
Dificuldade para realizar tarefas habituais;
Dificuldade para comunicar-se;
Desorientação quanto a datas e lugares
Diminuição da capacidade de juízo e de crítica;
Dificuldade de raciocínio;
Colocar coisas no lugar errado, muito freqüentemente;
Alterações freqüentes do humor e do comportamento;
Mudanças na personalidade;
Perda da iniciativa para fazer as coisas.
Diagnóstico da Doença de Alzheimer
Não há no momento, nenhum método que sozinho permita o diagnóstico de doença de Alzheimer com absoluta precisão.
No entanto, o diagnóstico ainda é feito pela identificação de quadro clínico característico e pela exclusão de outras causas de demência, por meio dos exames complementares (laboratoriais e de imagem).
É muito importante o diagnóstico ser feito o mais cedo possível, porque, nas fases iniciais da doença, o médico tem melhores condições de intervir em benefício da pessoa com doença de Alzheimer.
Estágios da Doença:
1) Inicial ou Doença de Alzheimer leve
A pessoa consegue viver de forma relativamente independente
A perda de memória é leve;
Raciocínio relativamente preservado.
2) Intermediário ou Doença moderada
Já há risco na vida independente e certo grau de supervisão é necessário;
Perda de memória moderada;
Prejuízo no raciocínio;
Dificuldade de orientação espacial e para a comunicação
3) Avançada
Incapacidade para a vida independente, sendo necessária supervisão contínua;
Impossibilidade de realizar tarefas cotidianas, de cuidar-se, não tendo mais condições para banho, alimentação etc;
Impossibilidade de comunicar-se adequadamente.
Tratamento:
O tratamento da doença de Alzheimer inclui tratamento medicamentoso e não farmacológico.
É importante ressaltar que estas medicações têm efeito sintomático e eficácia modesta, embora beneficiando uma parcela significativa dos pacientes, podendo ter diversos efeitos colaterais.
O tratamento não medicamentoso da doença de Alzheimer é dirigido não apenas ao paciente, como também aos seus familiares e cuidadores.
Orientações sobre a natureza e a evolução da doença, sobre como lidar com eventuais comportamentos inadequados ou mesmo agressivos, além de adaptações e modificações necessárias no ambiente, e programas de atividades específicas para os pacientes, são exemplos de tais medidas.
A participação de outros profissionais de saúde, particularmente aqueles que trabalham no campo da reabilitação, como fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, psicologia, além de profissionais de enfermagem, é de grande importância.
As Metas do Tratamento São:
Melhorar a memória e as outras funções mentais;
Controlar os transtornos de comportamento;
Retardar a progressão da doença;
Melhorar a qualidade de vida da pessoa doente;
Melhorar a qualidade de vida dos familiares e dos cuidadores;
Júlio Sérgio Pedro da Silva
Médico Neurologista
Fonte:Texto Retirado:http://www.jardimresidence.com.br/
Imagem:Net
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